21 de outubro de 2009

A Web 2.0 na rebelião do Irã

G1

Tecnologia

O Twitter, o site de mensagens da internet usado por 20 milhões de pessoas em todo o mundo, foi o principal meio de comunicação sobre a rebelião que tomou conta do Irã, a partir do último sábado, 13 de junho. “Teerã está escura e fria nessa noite. Estou ouvindo gritos. Assustador”, afirma um internauta identificado como Mohamad Reza, que além disso descreve para o mundo o clima sombrio que paira sobre a capital do Irã no dia seguinte às eleições presidenciais do país. O presidente Mahmoud Ahmadinejad declarou-se reeleito e aparecia sorrindo nos canais de TV locais. O opositor Mir Hossein Mousavi, derrotado, foi a público para chamar o resultado de “farsa”. Um grande número de pessoas tomou as ruas para protestar. Como esperado, a polícia do regime teocrático reprimiu as manifestações com violência. “Teerã está escura e fria nessa noite”, escreveu Reza. Seu sussurro de medo escapou de Teerã, capital do Irã, para o resto do mundo por meio do Twitter, Nos dias seguintes, com a oposição nas ruas e o governo usando força e censura para sufocá-la, o sussurro do Twitter cresceria para tornar-se um protesto, um grito e, finalmente, um clamor que tomou conta da blogosfera e terminou por criar um movimento mundial de solidariedade aos iranianos. “O protesto que se desenrola no Irã é por definição um conflito do século XXI”, escreveu Nicholas Kristof, articulista do jornal The New York Times. “De um lado, há os trogloditas do governo disparando balas. De outro, há jovens rebeldes disparando mensagens de Twitter”, completa Nicholas.

O que ocorreu no Irã na semana passada pode ser definido como uma rebelião 2.0, talvez a primeira da história, certamente aquela de maior importância desde a popularização da rede, em meados dos anos 1990. Com os artistas e intelectuais mais expressivos em dificuldades, os jornais censurados e as TVs sob o controle estatal, restou aos opositores de Ahmadinejad recorrer à internet em busca de informação e de organização. O Irã tem 70 milhões de habitantes, dos quais mais de 23 milhões têm acesso à rede e mais de 45 milhões possuem telefones celulares. Essa infraestrutura física e humana foi posta a serviço da oposição, com maus resultados para o regime.

Quando a polícia agrediu e matou manifestantes nas ruas de Teerã, as imagens captadas por celulares e câmeras clandestinas foram postadas no YouTube, assim como mensagens de protesto no website que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. Os links destes vídeos foram imediatamente postados no Twitter.

Segundo o site Trendrr, que dá a medida dos assuntos mais comentados nos sites da internet, o Twitter teve pico de 220 mil mensagens por hora na quarta-feira 17 com a palavra “Iran” (Irã, na tradução do inglês). Durante toda a semana, mensagens com #IranElection foram as mais postadas pelos usuários. O número de blogs discutindo o mesmo assunto alcançou a marca de 2,25 milhões em um só dia, 17 de junho. No total, foram mais de 20 milhões de posts desde o dia das eleições. No YouTube, em um único dia foram 3 mil novos vídeos com imagens dos protestos no país.


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14 de outubro de 2009

Informatizando o Jornalismo

Imparcialidade, objetividade e qualidade no texto para a web. foram esses os assuntos tratados pelo jornalista Ricardo Noblat, durante a pakesrea à estudantes de jornalismo, no auditório do centro Universitário Newton Paiva, no dia 26 de agosto. Ricardo é dono do principal blog de notícias do país.
O número de blogs e de adeptos a este segmento da internet cresce a cada ano. O blog de Noblat, em 2005, tinha 14 mil acessos por dia. Hoje, são mais de 100 mil internautas que passam diariamente pela página do jornalista. Quando criou o blog, em março de 2004, Ricardo acabara de ser demitido de seu emprego, um jornal impresso de circulação nacional. Seguindo conselhos de amigos e colegas de trabalho, decidiu investir neste seguimento, até então pouco explorado por profissionais. "Nunca tinha acessado um blog em minha vida. Não sabia postar notícias. Era tudo novo pra mim. Com o tempo, fui percebendo que esta poderia ser uma forma de continuar em minha profissão, desenvolbendo um trabalho com qualidade", afirma Noblat.
O trabalho de Noblat se tornou referência na rede, até mesmo para profissionais e veículos de comunicação. Seu blog foi seguido por muitos durante as eleições e também durante acontecimentos importantes para a política nacional. "Jornalista trata a política de forma muito chata. Isso faz com que as pessoas se interessem, cada vez menos, pelas eleições no co ngresso, no senado, enfim, pela política de uma forma geral. Podemos mudar essa realidade. E sabemos a opinião do leitor quase que instantaneamente", comenta o jornalista.
Por dia, Noblat posta cerca de 20 notícias. Entre elas, mais da metade fala da política nacional. O jornalista também discute sobre política internacional, cultura e assuntos atuais, como a gripe suína, por exemplo. Isso se torna um desafio, levando em consideração os inúmeros blogs existentes atualmente, que também discutem os mesmos assuntos. Todos na web produzem conteúdo. "A diferença entre os blogs, e que vale também para as profissões de um modo geral, é que quem tem talento sobrevive. Quem não tem, dança", afirma Ricardo Noblat.
A internet se tornou, sem dúvida, um importante veículo de comunicação. Com isso, a informação vem se democratizando e acabando com o monopólio das mídias tradicionais. Os veículos impressos já se sentem ameaçados e buscam soluções para atraírem, na web, leitores cativos. A atual imponência dos blogs jornalísticos leva à discussão do futuro do jornalismo impresso. "Não acho que a midia impressa vai acabar, mas terá que se adequar, passar por transformações", opina Noblat durante a palestra.

As novas tecnologias em comunicação mudaram a mania de se fazer jornalismo e comunicação



A Web 2.0, a segunda geração de acesso à rede mundial de computadores, vem revolucionando a forma de se fazer comunicação. Com ela, todos com acesso à Internet podem produzir conteúdos e notícias, seja em blogs e derivados, sites, entre outras diversas ferramentas, que surgem a cada dia e ganham seguidores fiéis e antenados.

Essa participação dos internautas como produtores de conteúdo aconteceu de forma natural. As ferramentas que possibilitam essa interação surgiram sem apresentar grande “boom” na rede. Os blogs, por exemplo, eram utilizados em sua quase totalidade por adolescentes, como diários virtuais. Só algum tempo depois, e com o auxílio de acontecimentos, como os atentados de 11 de setembro, que estas ferramentas foram vistas como grandes mecanismos para produção e divulgação de informações e opiniões de forma bem mais rápida que as mídias convencionais.
Atualmente, é possível encontrar blogueiros profissionais, que mudaram a cultura de que blogs eram feitos apenas por adolescentes. O espaço passou a ser usado também por jornalistas renomados, que ganharam seguidores e que viraram referência de conteúdos, e até mesmo fontes para jornalistas de mídias tradicionais.
Um dos jornalistas precursores de blogs jornalísticos é o renomado Ricardo Noblat, referência na cobertura jornalística sobre a política nacional e internacional. O profissional, após ser demitido do jornal em que trabalhava, viu no blog a maneira de continuar emitindo sua opinião. Grandes furos de reportagem já saíram de seu espaço na rede. Vários veículos de comunicação usaram seu blog como fonte para a apuração das eleições no Brasil e para votações importantes no congresso nacional. A partir daí, novos blogs jornalísticos surgiram, encabeçados por outros grandes nomes das mídias tradicionais, como Juca Kfouri, Luis Nassif e Milton Neves.
Como todo mercado em ascensão, as ferramentas da Web 2.0 começaram a atrair também as corporações, que viram na exploração dessas mídias, uma forma de atingir novos mercados. Hoje, empresas fazem campanhas publicitárias especialmente para sites como o “youtube” e conseguem resultados mais expressivos que muitas campanhas em TV, e ainda contando com um custo de divulgação mínimo, se comparado com outras mídias. Além disso, a abertura de criação de conteúdo para qualquer internauta na Web 2.0 fez aparecer mídia espontâneas para as empresas. O caso mais famoso é o do vídeo da jovem Stéphanie com o seu hit “Crossfox”. Talvez, esse vídeo não faria tanto sucesso se não fosse a internet. O público da rede, por ser mais receptivo, valoriza mais a espontaneidade das produções e não tanto a qualidade técnica.
Outras ferramentas que formam a tecnologia da Web 2.0 são o Fotolog, Videolog, Facebook, entre outras, cada vez mais exploradas por grandes organizações, e não somente por pessoas físicas, ou adolescentes, como aconteceu no seu surgimento, a cerca de 10 anos atrás. O material encontrado nestes sites, em constante preocupação com os seus respectivos conteúdos, é muito mais moderno. Utilizam uma linguagem informal e estão cada vez mais preocupados com a opinião do internauta. É cada vez mais comum encontrar espaços para que todos depositem suas opiniões, sugestões e críticas. E estas opiniões garantem um espaço cada vez mais dinâmico, com a cara do internauta, que é capaz de mudar quase que instantaneamente se não estiver agradando.
A revolução na rede mundial de computadores mais recente, e cada vez mais explorada, é o Twitter, uma rede social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviarem e lerem atualizações pessoais de outros contatos, cadastrados no site. Além disso, o Twitter é uma ferramenta criada pra aumentar a comunicação das empresas e dos veículos de comunicação com seus clientes, públicos e leitores, gerando uma interatividade ainda maior, com informações instantâneas, buscando opiniões e também a colaboração de todos na discussão da notícia. Este recurso é semelhante à já conhecida Wikipedia, uma enciclopédia multilíngue online livre colaborativa, ou seja, escrita internacionalmente por várias pessoas comuns de diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias. O conteúdo é fornecido pelos próprios usuários e tem versões em diversos idiomas, inclusive o português.
A Wikipédia permite que todos sejam “fornecedores de informações”. E estas são repassadas a todo momento na rede. O conteúdo, muitas vezes questionado, já não é feito somente por amadores. Jornalistas e profissionais de comunicação encontraram na internet uma oportunidade de desenvolver um trabalho ainda mais dinâmico e inovador, e se pautam pela ética e preceitos da profissão, tão trabalhados e usados nos meios de comunicação convencionais. No futuro, novas ferramentas continuarão revolucionando a maneira de se fazer comunicação e trabalhar com o jornalismo na Web. A Web 2.0 já é uma realidade. E para nós, profissionais da área, cabe continuar acompanhando todas essas inovações, buscando utilizá-las de forma que acrescente ainda mais no nosso trabalho, de maneira positiva, ética, prática e cada vez mais inovadora
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2 de setembro de 2009

Bem vindo ao Blog do Rodrigo Melo

Olá!

Seja bem vindo!

Este blog está sendo criado para a publicação das atividades do professor João de Castro, da disciplina Jornalismo Online, do 6º período de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva. As atividades buscam discutir inovações do Jornalismo na Web e também apresentar recursos atualmente utilizados por instituições, veículos de comunicação etc.